Olá queridos Visitantes!
Participei no dia 11 à 13 de Março, da I ETAPA DA COPA BRASIL DE PARACANOAGEM. Foi
minha estreia na modalidade. As disputas aconteceram na Raia Olímpica da USP em
São Paulo.
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Disputei a prova dos 500M e 200M.
Aconteceu uma porção de coisas, que me deixaram com os nervos
à flor da pele (o que, diga-se de passagem, não é legal para um atleta em
competição)!
1º: Não fui informada, como paracanoísta de primeiras
remadas, que eu teria que apresentar à Banca de Classificadores Funcionais um
atestado médico constando minha deficiência (sim! Temos que ser classificados
de acordo com a deficiência/lesão/sequela, para não haver injustiças durante os
campeonatos. Minha classificação foi KL1 – Atletas que não tem força no tronco
e pernas, e que utilizam apenas os braços para remar). Então, tive que sair
tocando minha cadeira por São Paulo a fora, andei por Unidades de Saúde,
Hospitais, para que um único medico pudesse atestar que eu realmente era
Deficiente Física. Sem sucesso! Chorei, me desesperei, porque sem esse atestado
não poderia ser classificada, e consequentemente, não poderia competir. “2016
Paralimpic Games” afundava devagarinho nas águas da Raia diante dos meus olhos L. Tinha apenas 2 horas
para resolver essa questão de vida. Como um lampejo divino lembrei do Rodrigo,
ou

melhor, Dr Rodrigo, ortopedista, aluno da FlexGym academia, a qual meu promissor
Esposo Carlos Rodrigo é Professor. Enviamos o link para ele imprimir o
Formulário Médico, e ele fofamente imprimiu, preencheu, Carimbou, assinou,
scaneou e me reenviou J
. Ao chegar esbaforida na Raia da USP, vem o Cadu aos berros: Dricaaaaaaa! Tem
um médico aqui, remador, professor de Medicina da USP, amigão meu! Vai te
avaliar e preencher o laudo! Abençoado Dr Felipe! Abençoado Dr Rodrigo! Dois
laudos na mão! Tem gente que acha que Deus não existe! Apresentei, fui
classificada e liberada às 17:58, para competir no dia seguinte J .
Chegamos ao Sábado, primeiro dia da competição, prova dos
500M. Tranquilo e favorável! Tempo da prova 3:11. Nada mal! 11 segundos abaixo
da campeã da prova. Primeiro lugar!
Chegamos ao Domingo! Principal prova... Classificatória,
200M. Vamos lá!
2º Meu banco/adaptação para o Caiaque, o qual eu competiria
em 30 minutos, não estava na Raia. Estava dentro da carroceria da Pick-up do
Caio Ribeiro, porque o Cadu achou que ele iria tomar café mas estaria a tempo
para prova. Mero engano! Quando os árbitros já estavam apostos para darem
largada, meu banco chegou! Correria! Prende de cá, prende lá. Não deu! Traz
fita! Amarra o cinto! Põe isso! Põe aquilo! De repente... Tchibum! Meu Caiaque
virou e meu punho direito foi de encontro a quina do Deck! Dor! Pânico! Tudo
Junto! Classificadora chefe (uma linda! Fátima) pede para o Arbitro geral
aguardar mais 5 minutos. Dá pra ir? Dá! Lóoooooooogico! Não cheguei aqui pra
parar agora!
Fui! Cheguei ao bastidor, e meu Arbitro sopra ao meu ouvido “Chega
em primeiro! Tô torcendo!” . Ok! Frio na barriga. Largada! Me mantive na
frente! Pá, pá, pá... Nos 70M finais, o Punho gritou, travou e eu remei
praticamente com um braço só! Dor insuportável que fez meu braço todo travar!
Mas, cheguei em segundo. Frustrada! P da vida, porque sabia que meu desempenho
poderia ter sido melhor!
Saindo do Caiaque, aos prantos de dor, com o resultado
(tempo 1:20. Inacreditável! Fiz 1:10 no treino) 2º lugar, sem a vaga Para o
Mundial da Alemanha certamente. Eles já haviam avisado que só iria quem se
encaixasse no Plano de Trabalho 2015/2016. Eu só estava treinando há 4 meses!
Enfim... Conheci uma porção de gente legal, passei sustos
que fortaleceram meus nervos e Coração, e viajei pela primeira vez de Busão
para Sampa! Expetáculo!
Mas o mais legal, foram as pessoas incríveis que me
ajudaram. A minha família (Salve, Salve AZVEVEDOS) que se uniram em campanha
para me ajudar financeiramente para comprar meu material de treino. À minha mãe
linda e jovem, Hilda Furacão que rezou por mim e me abençoa tooodo dia; a minha
filha Nickolle, por cuidar dos irmãos sozinha para que eu viajasse; a Vó Lili
que me adotou como neta e me ajuda de uma maneira ímpar; a minha família Azevedo
aqui do Rio (Tia Odete, Tio Rozildo, meus primos Rafa, Thiago, Márcio e
Carlinhos), e quem tá nos Estados Unidos prima Daniella Azevedo em Miami, e Ana
Célia em New Albany-Indiana. Obrigada pelo amor, torcida e apoio.
A família linda da FlexGym academia: Recepcionistas (Mari,
Vâninha, Marjorie), as proprietárias (Dani, D. Ana Mª, Marcela), a coordenadora
Claudinha e a Gerentxe mais linda e meiga do universo, Simone; Aos professores
(Xúlio, Basílio, Robson, Rafa, Wolmer, Felipe, Pedrinho, Zaíra, Emerson, Alan,
Olívia, Tiago, Carlos Rodrigo, Sidcley) e aos alunos, que se tornaram tão
amigos quanto os professores: Hugo, Marci, Igor, Mauro, Vanessa, e uma
infinidade de outros que estou conhecendo e me entrosando a cada dia. Obrigada
de todo coração, pelo apoio, torcida, ajuda...
Ao meu clube Tijuca Tênis Clube, aos meus treinadores-Amigos
MARAVILHOSOS de natação Carolina Santos e Menescal Pedrinha, pela paciência e
incentivo, pelo carinho e cuidado.
À ex-nadadora e empresária FABÍOLA MOLINA, pela
oportunidade, pelo apoio! Nada mais bonito!
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Com o Cadu, meu Anjo da Guarda |
À equipe CBCa pela recepção, acolhimento. A equipe de
classificadores e arbitragem. Vcs são maravilhosos!
E por último, e não menos importante, ao meu treinador e
amigo PEDRO SENA, por me apresentar a canoagem, por me dar a oportunidade de
aprender um novo esporte, renovando minhas forças e ampliando meus objetivos. Obrigada
por sua sabedoria, paciência e profissionalismo, pelos treinos... Obrigada pela
palavra amiga sempre!
Vamos em frente, treinando, buscando, alcançando...
Essas medalhas são também de vcs!
PÁ NA ÁGUA!
Beijos do Tamanho do Sol!
DRICA